sábado, 16 de dezembro de 2006

Problema

“…How could this happen to me? I've made my mistakes, got nowhere to run. The night goes on As I'm fading away. I'm sick of this life, I just wanna scream: how could this happen to me?...” (Simple Plan – Untitled )


Eu sou problema. Aquele tipo de garota que você conhece e pensa “cara, essa daí será um problema”. É, eu sou problema. Diria uma pessoa confusa, que ainda não sabe o que fazer da vida, que está tentando compreender o mundo e a si mesma. E o mundo, o mundo é um porre. Ela é um porre.
Sabe numa prova, quando se depara com uma questão difícil e sua única alternativa é chutar uma resposta? Você tem cinco opções e, acredite, vai escolher a resposta errada. A minha vida é assim: eu me deparo com um problema e, quando vejo, fiz a escolha errada. Sempre. Só que, diferente de uma prova na qual a única prejudicada seria eu, acabo envolvendo pessoas que não tem nada a ver com minhas confusões.
Às vezes pareço uma adolescente maluca, mas já estou bem crescidinha para isso. Eu costumava me achar previsível, mas acabei descobrindo que estou longe disso. A cada dia que passa minhas certezas mudam completamente. A cada dia não, a cada minuto.
Eu definitivamente não sei escolher minhas companhias, tenho um certo gosto pelo errado, proibido, impossível. Ridículo isso, mas é algo que, mesmo sabendo ser péssimo para mim, eu busco. Ainda que inconscientemente. Mesmo sabendo que no fim é o que me trará de volta à caneta e papel para me desabafar.
Cara, eu realmente sou um problema! Impulsiva, faço as coisas sem pensar que a vida continua e que, mais hora menos hora, ela vai me julgar. Eu já devo ter assustado muita gente por aí com as coisas que eu falo ou que eu faço. Às vezes no meio disso tudo eu acabo acertando, mas faço algo estúpido e ponho tudo a perder.
Já aprendi algumas lições valiosas do tipo: não devo dar conselhos, ainda mais se eu estiver tonta e magoada; não devo me vingar, mesmo que eu pense ter razão, porque no fim pessoas saem magoadas, inclusive eu; quando bater aquela vontade imensa de mandar mensagens, é melhor entregar o telefone pra amiga.
Neste fim de ano, antes de pedir qualquer coisa, de planejar o próximo ano, eu queria pedir desculpas pra todo mundo que passou pela minha vida e que de certa forma saiu magoado, ou com a impressão que eu sou uma cachorra. Não, eu não sou, eu só tenho problemas.

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