sexta-feira, 30 de maio de 2014

Leituras do mês de maio

Comecei o mês terminando de ler O amor nos tempos do cólera, de Gabriel Garcia Márquez. Eu comecei o livro meio que com preguiça de ler, mas depois que coloco uma coisa na cabeça, não sossego enquanto não termino. Foi bom ter continuado. Ninguém mais conseguiria tratar com tanta delicadeza o amor maduro como Garcia Márquez fez nesse livro. Esse livro me lembrou muito Memória de minhas putas tristes, do mesmo autor. Mas devo confessar que torci bastante para que Fermina Danza e Florentino Ariza não ficassem juntos! Achei meio patético o amor que Florentino Ariza cultivava por Fermina Danza, chegou a dar raiva, não me sensibilizou como acho que era o plano do autor. O tempo todo achei que a história de amor era entre Fermina Danza e seu marido Dr. Juvenal Urbino. Foi meio chocante descobrir que a história de amor, o tempo todo, era de Florentino e Fermina. O fato de ter torcido todo o tempo contra o casal “protagonista” não diminui o fato que o livro é uma belíssima obra de Garcia Márquez.
E já que estou nesse tema “3ª idade”, resolvi ler Fim, da Fernanda Torres. Na verdade, eu decidi ler esse livro não conhecendo o tema central e foi uma feliz coincidência que também tratasse de pessoas no fim de suas vidas. Uma abordagem completamente diferente da de Garcia Márquez, mas nem por isso menos prazerosa. O livro conta a vida de cinco amigos, numa mistura de memórias póstumas, memórias no leito de morte, reflexões de vida, passado e presente. Pode parecer uma grande bagunça, mas os contos se interligam e formam a história completa que, apesar do nome “Fim”, não é trágica, mas muito engraçada.
Um dos livros da minha wishlist de 2014 era a continuação do livro Entre o agora e o sempre de J. A. Redmerski, Entre o agora e o nunca. Quem me conhece, sabe da minha birra com continuações, em filmes ou livros. Eu não gosto de continuações porque provavelmente a seqüência não terá o mesmo gostinho do original, certamente não vai superar as expectativas que criei. Não foi diferente com esse livro. No primeiro, a história era intrigante, me prendeu até o fim, foi emocionante, me arrancou lágrimas! Nesse segundo, o tema é fraco e mal desenvolvido, não foi nem um pouco emocionante e o final foi bem decepcionante. Resumindo: a autora poderia ter parado no primeiro livro e conservado as boas lembranças de todos ao invés de ter destruído Andrew e Camryn.
Objetivo da vez: terminar o livro O grande amigo de Deus de Taylor Caldwell, sobre a vida de São Paulo, que comecei a ler há exatos 2 anos! O livro é gigante e a autora é muito detalhista, o que deixa a leitura enfadonha. Já tinha lido Médico de homens e de almas, da mesma autora, sobre a vida de São Lucas, e tinha gostado bastante, mas esse está me deixando com sono só de pensar!

Este mês de maio não rendi muito nas minhas leituras, mas comprei um novo livro, Como se dar bem com quem você quer bem, do Márcio Mendes.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Leituras do mês de abril

Eu sou uma pessoa metódica, organizada, daquelas que usam listras para tudo. Com as minhas leituras não sou diferente. Acho que deve ser uma espécie de TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Eu mantenho algumas listas dos livros que li, estou lendo e vou ler. Em casa, no meu exemplar de Destrua este diário, de Keri Smith, eu tenho uma lista dos livros que li no ano passado e minha wishlist de 2014. Sempre que termino de ler um livro, risco ele da lista e coloco o mês no qual finalizei a leitura. Sempre que ganho um livro, ou compro, sempre antes de começar a ler, eu escrevo meu nome completo da contra-capa e coloco o mês e o ano em que comecei a lê-lo. No meu computador tenho 03 pastas de livros digitais, os que li no ano de 2013, os que já li em 2014 e os que eu vou ler. Quando começo a ler um livro digital, no computador, sempre salvo no nome do arquivo a página em que interrompi a leitura, quase como um marcador, de forma que posso retomar a leitura sem ter que ficar tentando lembrar qual era a página. No meu tablet, a organização é um pouco mais fácil, pois consigo organizar os livros de forma a colocar os que vou ler no início da lista e os que já li, no final. Na internet, mantenho uma biblioteca virtual no site Skoob. Sempre que começo uma leitura, adiciono o livro na categoria de “lendo”. Quando termino, movo o livro para “lidos”. Lá tenho também uma lista dos livros que quero ler. Sou metódica, gosto de organizar minhas leituras e gosto de saber o quanto li.
Tenho alguns livros que sempre repito, porque a leitura deles nunca cansa, e sempre encontro coisas novas. Neste ano quero reler Toda poesia, de Paulo Leminski, Dois em um, da Alice Ruiz S e A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera. Vou deixa-los para o segundo semestre, talvez nas minhas férias.
Vamos voltar às leituras. Mês de abril começou e junto com ele, um novo livro: Perdão, Leonard Peacock, de Matthew Quick. A princípio é um livro um tanto mórbido, pois a história começa com um jovem que em seu aniversário decide matar um menino da sua escola e se matar logo depois. O livro todo mostra esse dia, na vida de Leonard Peacock. É um tanto funesto acompanhar ele durante esse dia, sem saber o motivo que o leva a fazer esse plano, se despedindo das pessoas de sua vida. Dá vontade de abraça-lo e dizer que vai ficar tudo bem. Ao mesmo tempo, incomoda saber que isso não é uma mera obra de ficção, que isso realmente acontece a vários jovens atualmente. Fiquei muito tensa durante a leitura, mas ainda que me sentisse incomodada, não conseguia parar de ler. O desfecho da história é o ponto alto do livro. Realmente cativante! O autor é o mesmo de O lado bom da vida, e ambos tratam de distúrbios psicológicos. Já li esse outro livro dele e quando escolhi o de Leonard não sabia que era do mesmo autor, mas acho que ele consegue ser mais brilhante, consegue envolver melhor o leitor no livro de Leonard. Não vi o filme, com a adaptação de O lado bom da vida para o cinema, ainda prefiro ler o livro a ver o filme. Talvez se tivesse visto o filme, ele tivesse me cativado, mas a leitura do livro foi desgastante, queria apenas que acabasse logo, não tive empatia pelas personagens. Que bom que li Perdão, Leonard Peacock, pois não fiquei com a má impressão do autor, ele ser redimiu com esse seu último livro. Espero que não seja adaptado para o cinema!
Na lista de leituras, os próximos livros serão Enquanto te esquecia e, em mídia digital, Will e Will, um nome um destino, de John Green e David Levithan. Esse último é o único de Green que falta para eu ler. Estou especialmente empolgada. É como fechar um ciclo! Eu me senti da mesma forma quando descobri Carlos Ruiz Zafon, e tive que ler todos os livros publicados em português (A sombra do vento, O jogo do anjo, O prisioneiro do céu, Marina, O príncipe da névoa, O palácio da meia-noite, A luzes de setembro). Com Daniel Galera também, li primeiro o livro Barba ensopada de sangue e depois tive que ler Cordilheira, Mãos de cavalo e Até o dia em que o cão morreu. Como nos demais livros, Green repete sua mania de enumerar pensamentos – sério, isso é mesmo necessário? Fora isso, achei a leitura passável, o tema não me interessou, e até me incomodou em alguns momentos e o final foi bem bobinho, na minha opinião.
Enquanto eu te esquecia, começou com muitas promessas. A vendedora da livraria disse que era muito bom, e a sinopse realmente prometia um livro ótimo, mas a autora Jennie Shortridge parece ter se perdido em todas as possibilidades do livro. Quando cheguei na última frase do livro, ficou aquela sensação de “e o final?”. Várias perguntas ficaram suspensas como o que Lucie fez durante a semana que ficou desaparecida? O casal realmente se reconecta e se casa? A crise na verdade é um retorno à consciência? Várias coisas que a autora poderia ter explorado mais e deixado a história muito mais interessante. Até mesmo a história de amor entre Lucie e Grady não foi desenvolvida adequadamente, e às vezes nos esquecemos que eram um casal. Não é que eu goste apenas de finais felizes, mas eu gosto de livros com finais!
Hoje, ao abrir um site de notícias americano descobri que o livro Garota Exemplar, que li no inicio do ano, foi adaptado para o cinema, com Ben Affleck no papel de Nick Dunne e Rosamund Pike como Amy Elliott. O livro foi emocionante do início ao fim, e espero que o filme faça justiça ao livro!
Há alguns dias, morreu Gabriel Garcia Márquez. Me fez lembrar do livro Memórias de minhas putas tristes que li para a aula de espanhol há alguns anos e me fez apaixonar pelo autor. Depois disso li 100 anos de solidão. E me lembrei, agora por ocasião de sua morte, de um livro que comecei a ler há tempos, mas que estava abandonado aqui no meu computador, então a leitura da vez será O amor nos tempos do cólera.
Enquanto isso, devorei o livro Jardim de inverno, da autora  Kristin Hannah. Nesse livro, a autora trata com muita sensibilidade a relação delicada entre uma mãe distante e suas filhas, após a morte do pai, enquanto essas tentam conhece-la, através das histórias que esta conta. Muito linda a história, de separação e reencontros, mostrando que nunca é tarde para tentar fazer uma vida melhor.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Depoimento (continuação)

Na última vez que escrevi, meu outro tio tinha sofrido um acidente na cidade de Belo Horizonte. Vou contar o que aconteceu. Enquanto o primeiro tio se recuperava de um acidente (ele caiu da árvore, foi dado como morto e após ter recebido a comunhão na espécie do sangue ele voltou à vida e 33 dias depois do seu acidente ele teve alta médica), um outro tio meu, em Belo Horizonte, enquanto atravessava a rua foi atropelado por um motociclista. Ele teve um traumatismo craniano no mesmo lado que o outro e machucou o cotovelo do mesmo lado que o outro tio. Esse recebeu tratamento imediato, passou pela mesma cirurgia que o outro e entrou em coma. Nós, cientes do milagre anterior, pedimos que nosso padre viajasse até BH para levar a comunhão para ele, na espécie do sangue. O cérebro do meu tio tinha sofrido uma desaceleração e não conseguia voltar ao normal sozinho. O padre levou o sangue até ele e nós permanecemos em oração constante. Vimos nesse acidente uma confirmação do milagre anterior e um plano maior de Deus para nossa família, nossa diocese e para a Igreja. 33 dias depois de ter sofrido o acidente, meu tio voltou para casa, sem seqüelas. O primeiro milagre está sendo investigado pelo Vaticano, para a canonização da Beata Elena Guerra. O processo já passou pela fase diocesana e atualmente está em análise no Vaticano. Como plano para a diocese e para a Igreja, vimos a necessidade de adoração ao Espírito Santo. Na nossa paróquia foi inaugurada a primeira capela dedicada à Beata Elena Guerra e temos uma novena permanente ao Espírito Santo, em três horários diferentes. Temos também um site pedindo a consagração do mundo ao Espírito Santo pelo Papa Francisco (www.papafrancisconsagreomundo.com). Toda segunda segunda-feira de cada mês é celebrada em nossa paróquia uma missa dedicada ao Triunfo do Espírito Santo. É uma obra maior que nós, maior do que conseguimos imaginar. Estamos nos deixando levar para onde sopra o Espírito. Se você leu esse depoimento, entre no site e assine a carta ao papa! E compartilhe essa obra!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Leituras do mês de março ...


Na continuação do meu ano de leituras, li O clube do livro do fim da vida, de Will Schwalbe. Num estilo parecido com O ano da leitura mágica, o autor utiliza os livros, assim como Nina Sankovitch, como um auxílio para enfrentar um período complicado em sua vida, neste caso, enfrentar o câncer de pâncreas que matava sua mãe, Mary Ann Shwalbe. Também é uma história real, que permeia a realidade com as lições que os personagens tiram de cada livro lido. Uma história maravilhosa, emocionante, uma lição de vida. O interessante de ter lido esses dois livros em seqüência foi encontrar os mesmo livros auxiliando pessoas diferentes, em momentos diferentes de suas vidas, mas ambas lutando com a morte de um ente querido. Um trecho do livro que me marcou: “somente por dar amizade e amor, você já impede que as pessoas à sua volta desistam – e cada expressão de amizade ou amor talvez seja aquela que faz toda a diferença”. Esse livro, definitivamente, fez a diferença na minha vida.
Mas, além da leitura, esses livros mostram a importância da família. Lembraram-me do meu amor pela leitura que começou bem cedo na minha vida. Minha avó era bibliotecária em uma escola pública próxima à minha casa e constantemente era deixada na escola sob os cuidados da minha avó. Em casa, minha mãe sempre nos presenteava com gibis, Chico Bento para mim, e turma da Mônica para meu irmão. Na escola, no primário, lembro de uma ocasião em que era a representante de sala e organizei uma biblioteca na nossa sala. Os livros eram nossos, os levávamos para a sala e trocávamos com nossos colegas. Mais tarde, quando ingressei no ginásio, em uma escola maior e com uma biblioteca igualmente grande, fiz amizade com a bibliotecária e passava os recreios entre as estantes buscando novas leituras. Ler em casa, sempre foi algo incentivado. Livros são presentes constantes nas datas comemorativas e sempre dou um jeito de visitar livrarias em busca de novos autores e novas histórias.
Ao mesmo tempo em que lia esse, li A garota do penhasco, de Lucinda Riley. Esse livro eu devorei em menos de uma semana. O estilo me lembrou muito Jojo Moyes (A garota que você deixou para trás) e, mais uma vez, apareceu a Primeira Guerra Mundial, que desempenha certo papel no desenrolar da história. Uma história pesada, mas dessa vez ficção, mas de uma leitura que prende. Gosto de ler histórias que mostram a vida de uma família em épocas diferentes, interessante ver os efeitos de escolhas tomadas no passado no desenvolver da vida das personagens. Me arrependi de não ter lido esse livro antes, pois ele estava na minha estante desde o ano passado, mas o tamanho dele me assustava. Não julgue o livro pela capa, ou pelo volume!
Depois de ler livros tão intensos, precisava dar uma folga para o meu cérebro, ler coisas menos densas, mais divertidas. Numa das minhas visitas à livraria, voltei com três livros para casa, dois deles nem estavam na minha wishlist: Um sorriso ou dois, de Frederico Elboni, Enquanto eu te esquecia, de Jennie Shortridge, e Jardim de Inverno, de Kristin Hannah. Resolvi começar por Um sorriso ou dois. O que me levou a escolher esse livro? A frase que acompanha o título, na capa: “Para mulheres que querem mais”. Me ganhou aí. Depois que iniciei a leitura, entendi que era uma coleção de textos publicados em um site. Textos curtos que depois de um certo ponto pareciam se repetir. A idéia era a mesma, só as palavras diferentes – 15 maneiras de dizer a mesma coisa, mas falando diferente.
Enquanto leio o livro de Frederico Elboni, comecei a leitura paralela de Do que eu falo quando falo de corrida, de Haruki Murakami. O que me atraiu nesse livro? Já tinha visto uma amiga minha lendo esse livro, em uma de suas publicações nas redes sociais. E no livro O ano da leitura mágica, a autora cita esse livro, exatamente esse trecho: “Você precisa mesmo ter prioridades na sua vida, estabelecendo em que ordem você deve dividir seu tempo e energia”. Quando li esse trecho, decidi que precisava ler esse livro. Eu sempre me vejo tentando equilibrar todas as minhas atividades diárias, sempre permitindo que sobre espaço para meus amigos e familiares. E não vou mentir que um livro que tem a palavra corrida no título me atrai bastante.
Comecei a correr há cerca de três anos, logo depois que comecei a praticar pilates. Sempre levei uma vida sedentária e sempre invejei quem conseguia achar espaço para atividades físicas na vida. Pilates foi uma questão de saúde física, sentia muitas dores por passar a maior parte do meu dia sentada na frente de computadores. À medida que fui ganhando força muscular, fui sentindo a necessidade de fazer algo mais. Comecei a caminhar, no parque próximo à minha casa. Aos poucos fui testando meus limites até conseguir correr todos os 5km do parque. Correr virou um vício, saudável. No ano passado tive uma lesão feia no joelho, que me afastou de todas as atividades físicas. Neste ano consegui voltar a correr, estou voltando à velha forma, e já é uma vitória conseguir correr 1km sem parar. Nesse período que me envolvi com corrida, vi que muitas pessoas que conhecia também se envolveram, por influência minha ou não – ao que parece, agora está na moda correr. Correr, para mim, vai além da saúde física, melhora meu humor, clareia meu pensamento, faz bem para a alma! E a corrida me levou a ter uma alimentação melhor. Acabei aderindo à moda dos sucos (verde/vermelho/amarelo), não para emagrecer ou desintoxicar, mas como uma forma fácil de ingerir verduras e frutas. Não gosto de comer verduras, desde criança isso sempre foi um problema. E no suco, acabo consumindo várias verduras misturadas às frutas sem sofrimento.
Mas voltando ao livro, tal como o autor, gosto de correr ouvindo música, geralmente rock (como ele), porque a batida da música marca o ritmo das passadas. Digo que corro para clarear o pensamento, mas geralmente não consigo pensar em nada específico enquanto corro. Mas já chorei enquanto corria, esse foi um dia particular que a dor do coração foi para as pernas e terminar o treino foi especialmente difícil. Porém, sempre saio do treino feliz, talvez devido aos hormônios, mas ainda que o corpo doa, saio mais relaxada e tranqüila do parque. O livro não acrescentou muita coisa. Se estava em busca de uma leitura leve, esse foi o livro. Basicamente um livro de memórias, mas sem grandes lições a serem aprendidas no final.
Ganhei um presente de aniversário atrasado: o livro Dois em um, de Alice Ruiz, que foi mulher de Paulo Leminski. No ano passado li o livro Toda poesia desse autor e fiquei encantada. Será ótimo agora conhecer a outra metade da poesia! Rotineiramente, não leio poesia, apesar de não ter nada contra o gênero. Mas é bom sair da rotina e ler, sem pressa, degustando cada verso. Uma mudança prazerosa.
Ao mesmo tempo, comecei a ler O menino da mala, das autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis, comecei e acabei em poucos dias! Uma leitura eletrizante, contada sob vários pontos de vista, à medida que a história acontece, mostrando as versões de cada um dos envolvidos na narrativa. Até certo ponto você não entende a relação dos fatos e fica meio perdida entre tantos nomes diferentes. Mas isso não diminuiu o livro, pelo contrário, aguça a curiosidade e nos vemos quase como detetives tentando solucionar todo aquele mistério! Agora, depois que já terminei o livro, vejo a seguinte descrição dele, na sinopse: “Neste primeiro livro da série”. Como assim? Existem outros? Preciso ler todos! 

terça-feira, 18 de março de 2014

O ano da leitura mágica


Nada como começar o ano com planos. Principalmente com planos que você consiga cumprir. Decidi que, ao invés de resoluções mirabolantes, começaria o ano de 2014 com uma lista de livros que quero ler. Uma forma de me manter sempre ocupada fazendo algo que realmente eu gosto.
Para começar o ano, A arte de ser leve, da autora Leila Ferreira. Estava na cidade de Araxá/MG, para descansar das festas de fim de ano e comemorar meu aniversário de 30 anos. Sempre me interessou a leveza das pessoas, como que algumas pareciam levar a vida flutuando, enquanto eu carregava sempre o mundo nas minhas costas. O livro, mais que uma receita para a leveza, era uma coletânea de entrevistas com personagens anônimos e famosos sobre como levavam a vida. Mas ainda que não fosse uma receita, me incentivou a levar a vida com menos peso nos ombros. E para a minha surpresa, a autora citava a cidade de Araxá várias vezes no livro. Senti uma certa providência. Voltei de Araxá com as baterias recarregadas e inspirada a levar a vida mais tranqüilamente.
Quem me conhece sabe que adoro dar livros de presente e, principalmente, ganhar livros! De aniversário, meu irmão me presenteou com dois livros que são a cara dele: Anjos, companheiros do dia a dia, do Monsenhor Jonas Abib, e A infância de Jesus, do Papa Emérito Bento XVI. O livro do Monsenhor conta, baseado em relatos da Bíblia e de santos, a atuação dos anjos ao longo da história e na nossa vida. Achei interessante conhecer um pouco mais sobre os anjos, porque temos uma tendência a ignora-los no nosso cotidiano. Porém achei a linguagem do Monsenhor muito confusa, às vezes repetitiva. Nossos estilos literários não combinaram. O segundo livro, do Papa, esse foi uma leitura deliciosa, fácil, rápida. Fiquei encantada. Já conhecia a história de Jesus, mas o Papa Emérito faz relações entre o antigo e o novo testamento que esclarecem de forma brilhante episódios da infância de Jesus. Sempre que leio um livro interessante tenho a mania de compartilhar com quem está em volta. No caso desse livro específico, li vários trechos para minha mãe e, por fim, acabei passando o livro para ela ler, já que eu estava praticamente lendo tudo para ela.
Meu trabalho não é muito constante e, muitas vezes, me vejo sem absolutamente nada para fazer. Para esses momentos tenho livros em PDF salvos no meu computador, para me salvar desses momentos de ócio completo. Outra mania minha é ler mais de um livro ao mesmo tempo. Sempre tenho um livro físico para ler durante as sessões de drenagem linfática, as horas de espera nos consultórios médicos, os momentos de bronzeamento na beira da piscina, naquelas horas de insônia e meus livros digitais para ler nas ocasiões que não posso ficar com um livro aberto na minha frente.
Meu primeiro livro digital do ano foi Mil dias em Veneza, de Marlena de Blasi. Eu tinha começado a ler esse livro no ano passado, mas achei a leitura um tanto enfadonha, e acabei abandonando. Porém, abandonar livros não é uma coisa que me agrada. Gosto de terminar tudo que começo, por isso resgatei esse livro na minha lista. A leitura não melhorou, continuou bem cansativa, cheia de detalhes e muito longe do meu universo. Achei até um pouco frívola. Achei muito bom quando finalmente cheguei ao fim do livro, porém acabei descobrindo que existia uma continuação da história, com o casal se mudando para outra cidade. Mas acho que já sofri o bastante no primeiro livro, para ler o segundo!
O segundo livro digital do ano foi As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky. Um livro bem psicodélico. Não assisti ao filme de mesmo nome, preferi ler o livro. Demorou um pouco a entender o que estava acontecendo ali e fiquei completamente chocada com o rumo que tomou o livro. Emocionante a jornada do jovem que tenta se livrar de um trauma de infância ao mesmo tempo que tenta se encaixar no mundo que o cerca. Foi uma daquelas leituras que simplesmente não conseguia abandonar.
No mês de fevereiro eu fiquei envolvida com alguns projetos particulares e acabei negligenciando minha leitura. Nos momentos de folga do trabalho, procurei manter, pelo menos, a leitura dos livros digitais. O livro seguinte que li foi Garota exemplar, de Gillian Flynn. Meu Deus! Que leitura! Esse nem dá pra contar muito do livro, porque qualquer coisa que eu diga vai estragar toda a surpresa desse livro. Foi emocionante do início ao fim. A história é contada sob dois pontos de vista: da mulher e do marido. A todo momento a verdade muda. Esse foi um daqueles livros que a gente diz que vai ler só mais um capítulo e, quando vê, já leu quase a metade do livro de uma só vez!
No ano passado li dois livros de John Green, A culpa é das estrelas e O teorema de Katherine. Para fevereiro de 2014, a meta era ler os demais livros desse mesmo autor, Deixe a neve cair, Quem é você Alasca e Cidades de Papel. Comecei por Deixe a neve cair, que na verdade não é apenas de John Green, mas também de Maureen Johnson e Lauren Myracle. São três histórias que se desenvolvem ao mesmo tempo, aparentemente sem ligação, mas todas se conectam no final. Seria uma história de amor? Provavelmente sim. Foi uma delícia ler uma história leve, depois de ter saído do pesado Garota exemplar. Gosto da forma como o John Green escreve, mas quando se lê vários livros do mesmo autor, você começa a perceber manias dele que se repetem obra após obra. No caso de Green, todos os personagens pensam enumerando seus pensamentos: “1) ... 2) ... 3) ...” ou “a) ... b) ... c) ...”. Depois do quarto personagem fazendo isso sua vontade é de ligar para o autor e contar que ninguém pensa dessa forma no mundo real.
Empolgada com esse último livro, comecei Quem é você, Alasca. Os livros do John Green são voltados para um público mais jovem, mas não sinto culpa nenhuma em gostar deles! Geralmente têm uma história leve, divertida, mas esse puxou meu tapete. Se virar filme algum dia, vou me acabar de tanto chorar! Me segurei para não chorar enquanto lia esse livro, que trata sobre a amizade e sobre conhecer realmente seus amigos. Um tema que o autor repete no livro seguinte que li, Cidades de papel. Um mix de mistério, aventura e, talvez, um final feliz. Adoro finais felizes! A vida já é tão difícil, precisamos de finais felizes, pelo menos nos livros!
Enquanto lia esses livros digitais, comecei a ler Amor Veríssimo, uma coletânea de crônicas de Luis Fernando Veríssimo. Eu cheguei ao livro depois de ter visto na TV um episódio da série de mesmo nome no canal GNT. Fiquei super interessada e comprei o livro. Devo ter lido ele todo em menos de uma semana. E foi ótimo ter lido o livro antes de ver os episódios da série, porque o livro é muito mais completo e muito mais divertido. Uma leitura deliciosa, leve, engraçada.
Mais para que tanta leveza? Ano passado li dois livros maravilhosos de Jojo Moyes, Como eu era antes de você e A última carta de amor. Livros tensos, histórias de amor, um com um final feliz, o outro não (não vou contar para não estragar a leitura). Tenho costume de ler catálogos de livrarias, em busca de novas opções de leitura. Num desses dias, achei outro livro dessa mesma autora, A garota que você deixou para trás. Já sabia que não seria uma leitura tranqüila, essa autora é densa e trata de temas pesados. Neste, ela aborda os horrores cometidos pelos alemães na primeira guerra. Comecei com um pouquinho de preguiça, devo confessar, o livro era bem grosso. Mas a história me envolveu. Trata-se da história de um quadro roubado pelos alemães durante a primeira guerra, que é comprado por um arquiteto de presente para sua esposa nos anos 2000 e a batalha em torno da repatriação desse quadro. O livro não traz só uma história de amor, mas várias que sempre giram em torno desse quadro.
Por coincidência, o mesmo tema da guerra, mas desta vez, a segunda guerra mundial, é tratado no livro digital que lia ao mesmo tempo, O ano da leitura mágica, de Nina Sankovich, mas não é o tema central do livro. Essa autora faz um propósito de ler um livro por dia, durante um ano, e escrever resenhas sobre os livros lidos e publicá-las na internet. Essa foi a forma que a autora encontrou para lidar com a perda da irmã para um câncer. O livro é o resultado dessas leituras. De cada livro que ela leu, ela tira lições que a ajudam a lidar com a perda. Ao mesmo tempo que ela consegue colocar sua vida nos eixos, ela afeta de forma positiva aqueles que estão próximos. E me afetou também! Me inspirou a escrever sobre os livros que eu já li e ainda vou ler neste ano. Não tenho a mesma pretensão da autora, de ler um livro por dia, até porque ela conseguiu esse feito não trabalhando. Fico feliz de sempre ter um livro comigo, em todos os lugares que vou e sempre que tenho um tempinho livre, ao invés de assistir TV, leio e anoto num caderno as partes que mais me marcam, ou simplesmente coloco etiquetas coloridas para poder recordar num futuro quando pegar novamente aquele livro.
No início desse texto, contei que fiz 30 anos no início deste ano. Em uma das minhas visitas à livraria, encontrei o livro de Honoré de Balzac, A mulher de trinta anos e eu precisava lê-lo! Não sabia nada sobre o livro, exceto que as mulheres de trinta anos são conhecidas como balzaquianas. Paulo Rónai afirmou que "esse conjunto de seis episódios disparatados, mal reunidos entre si e rematados por uma conclusão melodramática, é mais apropriado a enfastiar o leitor do que a fazê-lo procurar outras obras do romancista”. Não poderia concordar mais! Li até o fim, mas não me instigou a procurar outras obras do autor, ou recomendá-lo aos meus amigos. O sofrimento pára aqui!
No momento estou lendo dois livros, O clube do livro do fim da vida, de Will Schwalbe, e O breviário da confiança, do Monsenhor Ascânio Brandão. Esse último, presente da minha avó no meu aniversário, chegou um pouco depois, e traz reflexões diárias sobre a fé e a confiança em Deus. Como comecei a leitura um pouco atrasada, estou lendo os meses que passaram, para normalizar a leitura diária. O clube do livro do fim da vida envolve também a leitura de livros pelo autor e sua mãe numa tentativa de superar o câncer que aos poucos tira a vida desta. Ainda estou no início, então no próximo relato, tratarei dele.
A missão continua, 11 livros digitais me aguardam, além de alguns físicos em casa e alguns outros na wishlist. Espero que essa empreitada anime você também a ler. Precisamos de pessoas que leiam, que se interessem por variados tipos de leitura, porque quem lê, viaja, conhece novas culturas, novos lugares, novas pessoas. Não escreve bem quem não lê.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Da saudade...


Um semana. Só uma semana. Em uma semana você parte para uma nova vida, para viver sua missão. E eu vou ficar aqui com a saudade por companhia.Saudade das coisas que vivemos, do seu cheiro, do seu toque, de você, mas saudade também de tudo que não pudemos viver. Tivemos um mês intenso, vivi e senti muita coisa. Me deixa triste que você tenha que ir tão rápido, tinha tanta coisa que ainda queria viver ao seu lado. Minha parte egoísta queria te abraçar agora e pedir para você ficar. Mas não posso ser tão egoísta assim, é sua missão e grande parte da admiração que sinto por você vem da entrega que você está disposto a fazer. Queria que tivesse entrado na minha vida antes e que a gente tivesse mais tempo. O que posso fazer agora? Só desejar que você tenha uma vida feliz e que nossas missões um dia se cruzem novamente. Obrigada por ter feito parte da minha vida, você é muito importante para mim e foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida! Seja feliz!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sobre o doce de mamão



Segunda-feira, uma hora da tarde, as crianças se agitam no pátio da pequena escola. A escola é na verdade um galpão rodeado por árvores, numa propriedade da zona rural. Dentro da escola, sentado à sua mesa, o professor ouve as crianças lá fora, algumas contando como foi o fim de semana sem aulas, algumas meninas cantarolam cantigas de roda, os meninos gritam balança caixão, algumas meninas mais aplicadas já estão sentadas nos seus lugares. O professor consulta seu relógio de bolso, enxuga o suor da testa e toca o sino. Ao ouvir o sino, as crianças se apressam para a sala de aula.
Crianças de diferentes idades e nível escolar dividem o mesmo espaço. A lousa é dividida de forma que cada série escolar tenha um espaço onde a matéria será exposta. Os meninos da segunda série do primário ocupam duas fileiras de carteiras na sala de aula.
O professor passa a matéria para as crianças do pré e da primeira série. Enquanto isso, os meninos conversam por meio de bilhetinhos escondidos e dão risadas abafadas, por medo do professor. A comunidade rural não é tão grande e aquelas crianças ali da sala são, em sua maioria, parentes, irmãos, primos ou de famílias amigas.
Nas carteiras do fundo, dois meninos se cutucam, jogam bolinhas de papel um no outro e não percebem que o professor já está escrevendo matéria na lousa da segunda série. Assim que completa o espaço ele se volta para as crianças para tomar a matéria. Enquanto aguardava dar a hora da aula, o professor ouvia os meninos falando sobre as brincadeiras que gostavam, sobre as cantigas que gostavam e teve a ideia de questionar as crianças sobre o que elas gostavam.
Você gosta do quê?
Eu gosto de cantar.
Você gosta do seu cavalo?
Eu gosto do meu cavalo.
Menino, você aí no fundo, você gosta do seu pai?
Não, professor.
O professor questiona novamente: você gosta da sua mãe?
Não.
Se tivesse acontecido hoje, talvez essas respostas assustassem, mas naquela época as crianças não tinham esse entendimento de gostar de pai e mãe. Essas figuras eram vistas como pessoas que sempre estavam dando bronca ou punindo.
Então o professor pergunta: menino, do que é você gosta?
Eu gosto de doce de mamão.
O riso foi geral na sala. Apelido que você não gosta é aquele que vai te acompanhar para o resto da vida. Aquele menino que lançava as bolinhas de papel no outro, nunca esqueceu do apelido e sempre chama o colega de “doce de mamão”.
O menino cresceu, saiu da fazenda, veio para a cidade, trabalhou, casou e teve sua primeira filha. A mãe andava no quintal da casa com a menininha no colo, todos os dias, mostrando tudo em volta e dando nomes, na esperança que a filha, ao ouvir, pronunciasse sua primeira palavra. Ao passar pelo pé de mamão, a mãe mostra e diz:
Olha lá o mamão.
A menininha, com os olhos muito arregalados diz sua primeira palavra: mamão.

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Essa é a história do apelido do meu pai e da minha primeira palavra. Pensando bem nessa história hoje, vejo que quando disse “mamão” talvez fosse Deus dizendo “papai”.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Vossa Santidade Papa Francisco


www.papafrancisconsagre.com


Santo Padre, tendo em vista a nova Evangelização a que estamos sendo chamados como Igreja, é que nos dirigimos a Vossa Santidade com o presente pedido para que consagre o mundo ao Espírito Santo. 

Ele é o Vinho que vai alegrar a Festa da Vida! Maria, a mãe querida, continua nos falando ainda hoje, “Fazei o que Ele vos disser”. A ordem é para não nos afastarmos de Jerusalém. É no Salão da Alegria que se dá a plena efusão de seu Divino Espírito!
Muitos antes de nós, já desejaram o que agora apresentamos, e, nos últimos tempos, em especial, ressaltamos a Beata Elena Guerra, “Apóstola do Espírito Santo dos Tempos Modernos” que orou:
Pai Santo, no Nome de Jesus, manda Teu Espírito para renovar o Mundo!!!
e o Beato Papa João XXIII – “Papa da Bondade”, por ocasião da abertura do Concílio Vaticano II, clamou:
Digne-se o divino Espírito a escutar da forma mais consoladora a oração que sobe a Ele de todas as partes da terra.
Este também foi o anseio dos bispos sinodais para a nova Evangelização (outubro/2012), conforme publicado no L’OSERVATORE ROMANO:
D. Gustavo García – Siller, M.SP.S Arcebispo de San António (Estados Unidos da América) 
“Para consagrar o mundo ao Espírito Santo
Vivemos num mundo de grandes promessas, mas também de grandes necessidades, por vezes caracterizado pela obscuridadade. Enquanto a Igreja procura corresponder à situação do novo mundo e de evangelizar de modo novo, devemos dar-nos conta também de que somos Igreja com dificuldades. As realidades do mundo actual exortam a recordar que “a evangelização nunca será possível sem a ação do Espírito Santo” (Evangelii nuntiandi, 75) Precisamos de um novo Pentecostes, para que a salvação de Jesus possa alcançar o mundo inteiro e transformá-lo a fim de que a Igreja possa ser renovada e a santidade prospere nela, e por fim, para que nós, cristãos, procedamos com a nova evangelização. Para que este Ano da fé produza o novo Pentecostes de que precisamos, proponho, irmãos bispos, que este Sínodo peça humildemente ao Santo Padre que consagre o mundo ao Espírito Santo.” L’OSERVATORE ROMANO nº 42, 20/10/12, página 14
D Christopher Charles Prowse – Bispo de Sale (Austrália)
“Para uma cultura do Pentecostes
O primeiro anúncio e a catequese devem cantar unidos ao mundo, em harmonia perfeita, um dueto que responda novamente ao mandato do Senhor Jesus: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as criaturas. (Mc 16,15)” – L’OSERVATORE ROMANOnº 43, dia 27/10/10 página 7
D. Everardus Johannes de Jong – Bispo Titular de Cariana – Auxiliar e Vigário-Geral de Roermond (Países Baixos)
“Oração ao Espírito Santo
Foi o Pentecostes a dar início à primeira evangelização e agora necessitamos de um novo Pentecostes. Portanto, devemos rezar com fervor e perseverança ao Espírito Santo como sugere a Evangellii nuntiandi, n.75...Talvez o Santo Padre inserirá orações beneditinas (cf. as orações leoninas de Leão XIII) no final da missa ou uma novena perpétua para pedir que se efunda.” L’OSERVATORE ROMANOnº 46, 17/11/12, página 17
A consagração do mundo ao Espírito Santo que pedimos, é um chamado aos cristãos para a volta ao Primeiro Amor, como foram inspirados os jovens Francisco de Assis e Terezinha de Lisieux, cada um a seu tempo. Esta consagração consistirá em um forte clamor a Deus Pai para o retorno da humanidade ao Seu Amor, que tudo cria e renova, que, transformando os corações renovará a face da terra. Será o início da mais importante das transformações, o anúncio da REVOLUÇÃO DO AMOR!!! Essa Revolução se espalhará pelo mundo inteiro, e, como fogo, abrasará os corações na defesa da Paz da qual Jesus nos fala!!!
A única reivindicação será:
O Triunfo do Espírito Santo no Mundo!!!
Parafraseando a Madre Elena Guerra ao Papa Leão XIII:
   “Quem, ó Santo Padre, pode fazer com que o Espírito Santo seja mais conhecido e mais honrado, senão o Vigário de Jesus, sobre a terra...” ?
Santo Padre dê uma benção a todos os que assinarem este pedido de consagração do mundo ao Espírito Santo.
Veni Sancte Spiritus!!!


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E você já assinou? Assine e nos ajude a promover essa bênção!!!
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sexta-feira, 22 de março de 2013

A compositora


Um desses testes de personalidade oferecidos pela internet. Estava com tempo e resolvi fazer. E eis que surge essa encrenca de texto que simplesmente me leu...

"Você vive num mundo de possibilidades de sensações. Você está totalmente ciente da aparência, do gosto, do som, da consistência, e do cheiro das coisas. Você tem uma forte apreciação estética pela arte e tende a ser um artista de alguma maneira, pois você tem uma capacidade única de criar e de compor coisas que irão fortemente afetar os sentidos das pessoas. Você tem valores fortes que você guarda dentro de você, e que você se esforça para não quebrar no decorrer da sua vida. Você precisa se sentir como se tivesse vivendo de acordo com o que acha ser correto, e irá se rebelar contra qualquer coisa que for de encontro com essa sua meta. É bem provável que você escolha trabalhos e carreiras que permitam que você tenha a liberdade de trabalhar no sentido de realizar seus objetivos pessoais, guiado pelo seu sistema de valores.
Você tende a ser uma pessoa quieta e reservada, e é difícil das pessoas realmente te conhecerem bem. Você esconde suas idéias e opiniões dos outros, exceto daqueles mais próximos a você. Você é normalmente uma pessoa educada e sensível no lidar com as pessoas, que se interessa em contribuir com o bem-estar e com a felicidade delas, e que se esforça muito em cumprir tarefas em que você acredita.
Você é uma pessoa que tem uma forte afinidade por estética e beleza. Pessoas como você geralmente amam animais e realmente valorizam a beleza da natureza. Você é original e independente, e precisa ter seu espaço próprio. Você valoriza as pessoas que se preocupam em te entender, e que te ajudam a atingir suas metas do seu próprio jeito. As pessoas que não te conhecem bem podem ver seu jeito único de viver como um sinal de que você vive uma vida sem preocupações nem ansiedades, mas na verdade você normalmente leva a vida muito a sério, constantemente obtendo informações e filtrando-as através do seu sistema de valores, na busca de um significado mais claro para as coisas.
Você é uma pessoa voltada a ações. Você gosta é de fazer, e normalmente não se sente confortável falando de conceitos teóricos e de idéias, a não ser que você veja uma aplicação prática para elas. Você aprende muito melhor fazendo, e consequentemente acaba se cansando com facilidade dos métodos tradicionais de ensino que enfatizam muito mais o pensamento abstrato. Você não gosta de análises que não envolvam os valores das pessoas, nem de ter que tomar decisões baseadas estritamente na lógica. Seu forte sistema de valores impõe que suas decisões sejam avaliadas pelas suas crenças subjetivas, ao invés de através regras ou de leis objetivas.
Você é extremamente perceptivo e se preocupa com os outros. Você está constantemente coletando informações específicas sobre as pessoas, e vai atrás para descobrir o que elas significam. Suas percepções das pessoas estão quase sempre penetrantemente corretas.
Você é uma pessoa calorosa e solidária. Você se importa de verdade com as pessoas, e é extremamente voltada a servir, num desejo de agradá-las. Você tem uma quantidade incomum de afeto por aqueles próximos a você, e demonstra seu amor através de atitudes, e não de palavras.
Você não tem o desejo de liderar nem de controlar as outras pessoas, da mesma maneira que não têm o desejo de ser liderado nem controlado por outros. Você precisa de espaço e de tempo sozinho para avaliar as circunstâncias da vida para filtrá-las através do seu sistema de valores, e normalmente irá respeitar o desejo das outras pessoas por essas mesmas coisas.
Você não costuma se dar crédito o suficiente pelas coisas que você faz muito bem. Seu forte sistema de valores leva você a ser extremamente perfeccionista, e faz com que você julgue a si mesmo de uma maneira desnecessariamente dura.
Você é uma pessoa com inúmeros dons especiais para o mundo, especialmente na área de criar sensações através da arte, e de servir aos outros sem esperar nada em troca. A vida provavelmente não será extremamente fácil para você, pois você a leva tanto a sério, mas você pode saber que você tem nas suas mãos as ferramentas para transformar a sua vida e a das pessoas mais próximas a você em experiências ricamente recompensadoras."

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher



Dia Internacional da Mulher. Metade das pessoas que me desejaram “feliz diz da mulher” eram mulheres e a outra metade eram os cachorros que um dia passaram pela minha vida. Engraçado ver aquele filho da mãe desejando um “feliz dia da mulher”. Você lê aquilo e pensa: sério mesmo? Nunca deu valor devido às mulheres que tinha à sua volta e agora isso? 
Mas não foi por isso que eu comecei a escrever, nem foi pra desejar “feliz dia da mulher” para vocês (aliás, detesto isso). Foi pra contar que de um ano pra cá descobri em mim uma mulher forte que eu nem sabia que existia. Uma mulher que passou por poucas e boas, mas que conseguiu manter o foco e a fé. Tinha dias que eu queria colo da minha mãe, sou forte, não uma heroína destemida! Passei pelo estresse de exames invasivos, médicos indecisos. E no meio disso tudo minha vida amorosa de pernas pro ar. Foquei no que era importante, eu, e mantive minha fé, sempre acreditando que o dono da barca não vai deixa-la afundar! Descobri que tenho um senso de humor que surgiu de não sei onde, mas que me manteve com um sorriso no rosto e com uma perspectiva mais positiva da vida.
Amigas, amores vêm e vão, homens nem sempre darão o devido valor a vocês. Normal? Não deveria ser, mas é o que tem pra hoje. O que eu desejo pra vocês é que neste ano (não somente neste dia) vocês descubram as mulheres fortes que podem ser, descubram o lado positivo da vida e que a felicidade de vocês não dependa exclusivamente de um homem. Aos homens que me lêem, saibam dar valor às mulheres de suas vidas, e não apenas à sua mãe, e que não esperem apenas o dia 08/03 para desejar felicidade a uma mulher: façam isso sempre!

quarta-feira, 6 de março de 2013


Porque você  faz isso: some quando quer, aparece quando dá. E eu estava bem com isso, mas hoje foi diferente. Não sei se é o excesso de veneno no meu sangue, a fragilidade que meu corpo está vienciando... Mas há 5 dias você ignorou completamente a minha presença, e hoje veio conversar cheio de mimimi. Eu desliguei o celular e fui chorar na varanda. Por favor, volte amanhã quando não tiver mais veneno no meu sangue e quando eu tiver deixado dessas frescurinhas de mulherzinha.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Daniel Galera - Barba ensopada de sangue


Da mesma forma que estou apaixonada pelo David Matthews Band, estou enlouquecida com esse livro do Daniel Galera. É um mix que querer chegar logo no final pra entender toda a história e não querer terminar nunca, querer conhecer Garopaba, correr na praia e nadar no mar, ou simplesmente tomar um chimarrão vendo as ondas baterem na Pedra do Baú. Eu descobri o autor e o livro em uma postagem de um blog que eu sigo e a autora do blog disse que estava sentindo uma tristeza por chegar ao final do livro e não querer se desapegar. Achei interessante esse sentimento e o livro imediatamente se tornou uma obsessão. Encontrei o livro numa livraria da cidade e virou meu companheiro das horas de ócio. O meu livro está todo marcado com post-its, nas citações legais, coisas que quando eu pegar novamente eu vou entender... Segue abaixo um trechinho do livro, quem sabe você não se apaixona também?

"Olha só, vamos tentar não falar sobre isso? Sobre eu estar aqui. Sobre a gente ter se conhecido e qualquer coisa que acontecer daqui pra frente. Vamos tentar simplesmente não falar a respeito. Não perguntar se tá contecendo mesmo, se a gente tem motivos, se vai ser assim ou assado. Querer saber o que um tá sentindo, o que o outro tá sentindo. Sei que devo parecer louca, mas falar sobre as coisas avacalha tudo para mim. Falar estraga. É só dar nome que morre."

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

If Only (Dave Matthews Band)


Hoje eu vou postar uma música do Dave Matthews Band porque estou completamente APAIXONADA por essa música, aliás por todas da banda! Super recomendo, inclusive já tinha citado essa minha atual paixonite aguda em uma das postagens passadas. Para quem quiser ouvir a música, segue o link do vídeo.
Oh yeah... Sometimes it's so easy
And sometimes I forget her
But I want you back again
Back again

Maybe it's lucky
You win some and you lose some
Oh, when you've found a good one
Don't you let her get away
Don't let her go

Oh yeah... If only I could love you
Just the way I want to
Oh, to have you back again
Back again

Oh, I'm just a fool baby
Playing Mr. Cool baby
Rolling round like I got nothing much to lose
But I know you and you know me
And I know you can see
So help me get my way back to you
Back to you

Walking past your window
Used to smile when you'd throw
Your sweet kisses back to me
Back to me

Oh yeah... Remember when I asked you
If you'd be my one true
Oh, it seems like yesterday
It's yesterday

Oh yeah, and I'm just a fool baby
Playing Mr. Cool baby
Rolling round like I got nothing much to lose
But I know you and you know me
And I know you can see
So help me get my way back to you
Back to you

I want you so take me back please
Take me back, oh, to you
If only I could love you
Just the way I want to
Yeah

I'm just a fool baby
Playing Mr. Cool baby
Rolling round like I got nothing much to lose
But I know you and you know me
And I know you can see
So help me get my way back to you

I want you so take me back please
Take me back, oh, to you
If only I could have you
Just the way I want to
Just the way I want, yeah
Yeah I know baby, I know

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Do desapego


Quatro horas da tarde, um sol de rachar, um ônibus lotado e sem ar condicionado. No ar aquela nostalgia do último dia de carnaval e da volta obrigatória para casa. Uma amiga vira para a outra e diz "queria estar tão 'machina' como você". Foi a frase que marcou meu carnaval, e que diz muito sobre a minha vida hoje. 
"Machinha" aqui nesse contexto significa desapegada. Os homens que passaram pela minha vida, ou melhor, pelas nossas vidas, aparentavam tal desapego (principalmente com as coisas relacionadas ao coração) que ser "macho" passou a significar, pra gente, ser desapegado. 
Lembra aquela busca pela leveza? Acho que tenho conseguido ser um pouco mais leve. Quando a gente desapega das pessoas, das coisas, do passado, seguir em frente parece ser mais fácil sem todo aquele peso extra. Mas também aprendi que mesmo as pessoas que aparentam viver na leveza têm seus corações partidos.
Não é o meu caso, to seguindo em frente, sendo feliz (que é o meu propósito), deixando todo o peso extra pra trás, me importando com quem merece e desapegando do resto. Para aqueles que duvidavam que eu era capaz de ser desprendida, só posso dizer que não preciso que acreditem na minha mudança para que ela realmente aconteça.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Looooooooooouca, louquinha! Esse blog entrará em recesso de carnaval, e eu vou ser feliz em Ouro Preto! Bom carnaval para todos, juízo e responsabilidade!!!!

Se eu tivesse um cachorro, hoje eu diria: quanto mais eu conheço os homens, mais eu amo meu cachorro. Mas não sou uma pessoa de animais de estimação... mas se eu fosse, eu diria...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


"Às vezes a gente se perde por medo de ser o que a gente é. Às vezes a gente simplesmente se perde. E só volta a encontrar-se quando algo muito grave acontece, às vezes uma doença, às vezes a perda de alguém. Às vezes Deus desce e te dá um tapa na cara, que não dói mas que faz tudo ter um novo sentido". Raphaela Pellizzetti

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A despedida




Acredito que este seja o último texto que farei sobre você. Depois de oito anos, esta talvez seja a nossa despedida. Ontem uma amiga veio me dizer que te viu com outra, que pareciam felizes. Eu já sabia dela e sério que fiquei feliz por vocês. A nossa última vez juntos me trouxe uma compreensão de muitos aspectos da minha vida. Eu consegui entender, depois de muitos anos, que o que deve mais importar é a minha felicidade e não entenda isso como uma visão egoísta da vida, não é isso! Simplesmente significa que se eu não estiver feliz, eu não posso fazer ninguém feliz e fazer os outros felizes não deve custar a minha felicidade. Eu não posso ser forçada a nada, porque tudo que eu fizer assim, no futuro poderá ser fonte de arrependimento, por eu não ter sido fiel aos meus princípios e às minhas vontades. Mas a principal compreensão daquela noite foi que você não significava mais o que sempre significou para mim. Com o passar dos anos você se tornou mais um capricho, mais um objetivo e depois que eu consegui perdeu a graça.Eu ouvi todas as suas promessas (que nunca se cumpririam), parei para pensar nas implicações de te ter e não estava disposta a pagar pra te ter. Digo pagar no sentido de assumir todo o pacote que é você, suas amizades, seu passado, sua vida. A gente não combina, mas por muito tempo eu estive cega e não via esses detalhes, o foco me impedia de ver a panorâmica da cena. E logo depois daquele dia, eu achei que estava doente e ouvir “maligno” da boca de um médico não é nada agradável, ainda que precedida de um “não é provável, mas é possível que seja”. A vida ganhou nova perspectiva e você não podia mais ser o foco da minha vida, porque diante dessas coisas eu podia ser egoísta e querer só pensar em mim.  Eu estou bem, foi só um susto, mas eu não tive tempo de sofrer por você, porque estava ocupada tentando ser forte e não sofrer por mim. Deus permite certas coisas na nossa vida e a gente não compreende os desígnios Dele, a princípio, mas hoje eu vejo que o meu susto foi uma bênção, porque eu não sofri por você. Vamos combinar, você já me tinha feito sofrer o bastante, não precisava de mais sofrimento. Hoje eu posso ouvir coisas do tipo “vi ele na noite, com uma menina” e realmente não sentir nada, ou ver sua foto e não ter um nó no estômago. Eu me curei do vício que era você e talvez esse texto seja uma despedida da nossa história, que nunca chegou de fato a ser nossa, sempre foi mais minha que sua, mas que sempre ocupou um espaço gigantesco no meu coração e na minha cabeça. Foi bom ter te conhecido e ter convivido com você, mas estou pronta para novas histórias, novos personagens, novos capítulos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Radar da felicidade


Ontem, numa mesa de bar, surgiu o seguinte questionamento: homens têm radar de felicidade? Deixa-me explicar melhor. Comentávamos como nossas vidas estavam cheias de homens “The Walking Dead”, os famosos falecidos que, vez ou outra, resolvem aparecer e nos assombrar. Quando o relacionamento termina, você sofre horrores, arrasta o c* na brita pelo sujeito, têm seu coraçãozinho dilacerado quando vê o filho da mãe com outra na noite. Mas, um dia, você resolve que nem tanto sofrimento, e passa de fase. Você consegue retomar sua vida e está feliz novamente curtindo o que a vida tem de melhor. Uma fase tipo Muleque Piranha, onde relacionamento é última coisa que passa pela sua cabeça, você quer mais é ser feliz. É nesse momento que o radar daquele infeliz dispara: pi pi pi piiiiiiiiiiii. Ele sabe que você está feliz porque você não ligou mais de madrugada, bêbada, não o procurou naquele domingo chato, parou de curtir as fotos e frases dele nas redes sociais. Isso faz o radar do infeliz disparar: ele precisa fazer alguma coisa, pois está perdendo o território dele, mesmo que ele não queira mais nada com você, ele precisa marcar o espaço dele, mostrar que ele ainda existe. Aí, o que o infeliz, filho da mãe faz? Te manda uma mensagem, vaga, mas com um certo nível de “atenção”, dizendo que sente saudades suas, te chamando pra ir no cinema, ou algo parecido. Minha filha, eu sinto saudades de chocolates que não são mais fabricados, daquele picolé mini-saia da minha infância, e isso não significa que eles ocupem um espaço importante da minha vida, ou que eu morra de amores por eles. Estão no passado, mas de vez em quando é bom lembrar. Saudades não é sinônimo de amor. Amiga, ele só está marcando o território dele, não me venha fantasiar uma volta daquelas cinematográficas. Não, ele não realizou que você é a mulher da vida dele. Ele não está a fim de você, ele simplesmente quer manter a lembrança dele viva na sua cabecinha, só em caso de, no futuro, num domingo chato, ele precisar te ligar... Não deixe que ele estrague sua felicidade. Falecido bom, é falecido morto e enterrado!!!

P.S.: Resolvi reler o livro A Insustentável Leveza do Ser, e me deparei com  alguns trechos que ilustram o que disse acima ...
"Existe uma enorme diferença entre um Robespierre que não aparece senão uma vez na história e um Robespierre que voltasse eternamente cortando a cabeça dos franceses" - não se parece com o nosso caso, do falecido que insiste em voltar do passado, tornando-o menos especial?
E esse trecho que retirei mostra o pensamento do infeliz, propondo uma amizade erótica, como o autor denomina, às suas amantes, e como funciona o processo na cabeça do personagem. Olha o radar aí funcionando.