quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A música da minha vida



"Tenho que parar de associar música com pessoas. Um dia a pessoa faz merda e estraga uma música que eu gosto"  (Tati Bernardi)

Eu sou uma mistura eclética de sons. Sou apaixonada por música, tenho trilhas sonoras próprias para correr, para dormir, para ficar triste, para ficar louca. E todas as pessoas que passaram pela minha vida deixaram suas marcas na forma de músicas.
Eu abro meu computador e vejo as músicas que fui colecionando ao longo da vida e para mim parecem uma colcha de retalhos de todas pessoas que conheci. O toque da sanfona me lembra os dias na casa do meu avô, quando ele puxava a sanfona e tocava com gosto qualquer melodia que lhe passasse pela cabeça.
Algumas pessoas eu associei a uma banda específica: Los Hermanos me lembram uma pessoa querida que se foi e dói muito ouvir, mas ao mesmo tempo me lembra uma época menos complicada e mais feliz da vida. Meu gosto musical foi sendo moldado pelas pessoas que me cercam, algumas épocas com pegada mais rock, umas com pegada mais sertaneja, outras com pegada mais funk.
Outras músicas são associadas a lugares. Sempre que ouço um CD específico do Leandro e Leonardo sou instantaneamente levada para uma viagem que fizemos com a família toda para Ubatuba e, como não tínhamos muitas opções sonoras, ouvimos esse CD um milhão de vezes durante as 12 horas de viagem! Danni Carlos me lembra Maceió e o delicioso Divina Gula.
A primeira lembrança de uma música associada a um amor foi Sweet Child O’Mine, não podia ouvir sem lembrar da minha paixão de colegial cantando ela num dos intervalos das aulas (ele era um projeto de roqueiro). The Spirit Carries On me lembra uma paixão não tão adolescente assim (igualmente projeto de roqueiro - seria um padrão?).
Muitas pessoas vieram depois e contribuíram com minha playlist. Na minha cabeça, isso funciona como nas novelas: eu vejo a pessoa e a música toca imediatamente, eu lembro da pessoa e tem aquele som de fundo da lembrança. Essas músicas têm relação direta com meus sentimentos e, mesmo que algumas me deixem triste quando ouço, não posso evitar associa-las a pessoas, a lugares, a situações. E se eu precisasse responder, hoje, qual a música da minha vida, acho que ainda responderia aquela do Guns, pois ela me lembra uma época de tantas descobertas, de borboletas no estômago, de empolgação com o futuro.
By the way, Dave Matthews Band está bombando na minha playlist agora...

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