terça-feira, 15 de agosto de 2006
100 palavras
Como resumir em 100 palavras sentimentos acumulados ao longo de quase 5 anos? Como expressar nessa quantidade limitada de palavras tudo pelo qual sou grata? Este desafio nos foi dado: escrever uma nota de agradecimento de 100 palavras, para constar no convite de formatura. Aqui estou eu, abrindo meu baú de memórias, recordando cada momento que vivi, desde que entrei na faculdade, buscando inspiração para a minha nota. 100 palavras não são suficientes para expressar todo o meu agradecimento. Estes têm sido os melhores 05 anos da minha vida. Considero uma vitória ter sido aprovada em um dos melhores e mais concorridos cursos de administração do país. Foi resultado de muito esforço, muitas horas de estudo, muitas festas perdidas, muitos resumos (sou maníaca por resumos). Três anos de preparação árdua que apenas serviram para me colocar dentro da universidade. Nada podia me preparar para o que eu ia encontrar ali. Eu sabia que minha vida iria mudar, mas se alguém me dissesse naquela época que ela seria o que é hoje, certamente não acreditaria. Foi um choque para mim, a vida universitária era totalmente diferente de tudo que conhecia. Os primeiros dois anos foram frustrantes e meu único desejo era estar em qualquer lugar menos ali. Não me abri às novidades, tinha amigos, mas não éramos próximos, sentia falta da época colegial. Diferente dos demais, ainda enfrentava a incerteza de ter escolhido o curso certo, cogitei diversas vezes abandonar a administração e tentar outro curso. Com o passar do tempo alguma coisa foi mudando, eu fui mudando, fui deixando que as pessoas se aproximassem, me apaixonei pelos meus amigos. Cada dia, aquela idéia de abandonar o curso se tornava mais difícil, porque significaria ficar longe daquelas incríveis pessoas que conheci. Meus amigos são os grandes responsáveis por eu estar aqui hoje escrevendo este texto! Como agradeço a Deus, por ter colocado em meu caminho essas pessoas! Elas tornaram a minha vida melhor, me tornaram uma pessoa melhor! Menos chata, menos CDF, menos ridícula (ou seria mais?), mais alegre, mais extrovertida, mais solta, menos “encanada” com a vida. Agradeço a Deus também por ter permitido que eu enxergasse isso, por ter me dado paciência em certos momentos, porque se tivesse me dado forças juro que alguém sairia ferido! Agradeço a Deus também por ter me dado uma família incrível que vibrou comigo no resultado do PAIES, que me “suportou” nos dias de estresse, que acordou de madrugada para me buscar em alguma festa, que me espera acordada na janela todos os dias à noite, que “surtou” quando decidi parar de trabalhar e voltar para o cursinho pré-vestibular, mas que compreendeu que se eu não fizesse essa escolha seria “uma gorda, velha, feia, triste e mal-amada” no futuro. Vocês podem ficar tranqüilos, que não estou jogando fora a minha capacidade, só estou redirecionando os esforços pra uma outra área de interesse. Sou grata a Deus, porque naqueles dias que eu cheguei em casa arrasada, naqueles dias que me senti uma ilha no meio do oceano, “o último dos moicanos”, naqueles dias Ele puxou a minha orelha, me mostrou o quanto a minha vida é abençoada e me deu forças para levantar no dia seguinte. Sou grata pelo tempo que tenho passado junto aos meus amigos, pelas noites agradáveis que compartilhamos, seja em sala de aula, na mesa de um bar ou em uma festa. Sou grata pela cumplicidade, pelo amor, pelas broncas, pela solidariedade, pelos momentos tristes e pelos felizes. Sou grata também a todos os demais cursos da universidade, pelas festas que promoveram e que me propiciaram momentos impagáveis! Nesse ritmo, sou grata a todas as boates da cidade, aquelas que aqui ainda estão e aquelas que ficaram apenas na lembrança. Sou grata pelos shows, festas (inclusive aquelas que na hora H não aconteceram), aquelas open bar ou não, pelos festivais, micaretas, happy hours. Sou grata à vodka (isso mesmo, à vodka) porque, graças a ela, eu vivi o momento mais psicodélico da minha vida e aprendi a exata quantia de álcool que me tira de órbita. Sou grata aos professores que tentaram me passar aquilo que sabiam e, foi costurando pedacinhos de cada um que fiz um colcha de retalhos, meu conhecimento. Sou grata àquelas pessoas que não gostam de mim, que me odeiam, que falam mal de mim pelas costas, porque graças a elas eu acordo todos os dias pensando como posso ser melhor, a fim de irritá-las um pouco mais. Sou grata por ter amigos que não me deixam acomodar, que sempre me forçam a tentar alguma coisa nova. Sou grata pelo Google, que tantos trabalhos fez para mim. Sou grata ao e-mail, porque sem ele muitos trabalhos da faculdade não poderiam ser realizados, além de ser uma incrível ferramenta que mantinha em contato os amigos durante todo o dia. Sou grata ao orkut que ampliou o meu círculo de amizades, me possibilitou descobrir várias coisas (nas horas vagas sou detetive de orkut). Não posso esquecer do MSN que tantas alegrias (e algumas tristezas) me proporcionou. Sou grata pelas aulas particulares que dei aos meus amigos, porque elas me forçaram a estudar mais para poder ajudá-los, me ajudando também. Entre tantas outras coisas, sou grata por cada segundo que vivi desde aquela tarde quando vi meu nome na lista de aprovados e chorei compulsivamente de alegria. Não existem palavras suficientes para expressar tudo que senti durante todo esse tempo e resumir em 100 palavras toda a minha gratidão é, no mínimo, covardia! Obrigada, a tudo e a todos, sempre e de coração!
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