Eu sou uma pessoa metódica,
organizada, daquelas que usam listras para tudo. Com as minhas leituras não sou
diferente. Acho que deve ser uma espécie de TOC (transtorno obsessivo
compulsivo). Eu mantenho algumas listas dos livros que li, estou lendo e vou
ler. Em casa, no meu exemplar de Destrua este diário, de Keri Smith, eu
tenho uma lista dos livros que li no ano passado e minha wishlist de
2014. Sempre que termino de ler um livro, risco ele da lista e coloco o mês no
qual finalizei a leitura. Sempre que ganho um livro, ou compro, sempre antes de
começar a ler, eu escrevo meu nome completo da contra-capa e coloco o mês e o
ano em que comecei a lê-lo. No meu computador tenho 03 pastas de livros
digitais, os que li no ano de 2013, os que já li em 2014 e os que eu vou ler.
Quando começo a ler um livro digital, no computador, sempre salvo no nome do
arquivo a página em que interrompi a leitura, quase como um marcador, de forma
que posso retomar a leitura sem ter que ficar tentando lembrar qual era a
página. No meu tablet, a organização é um pouco mais fácil, pois consigo
organizar os livros de forma a colocar os que vou ler no início da lista e os
que já li, no final. Na internet, mantenho uma biblioteca virtual no site Skoob.
Sempre que começo uma leitura, adiciono o livro na categoria de “lendo”. Quando
termino, movo o livro para “lidos”. Lá tenho também uma lista dos livros que
quero ler. Sou metódica, gosto de organizar minhas leituras e gosto de saber o
quanto li.
Tenho alguns livros que sempre
repito, porque a leitura deles nunca cansa, e sempre encontro coisas novas.
Neste ano quero reler Toda poesia, de Paulo Leminski, Dois em um,
da Alice Ruiz S e A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera. Vou
deixa-los para o segundo semestre, talvez nas minhas férias.
Vamos voltar às leituras. Mês de
abril começou e junto com ele, um novo livro: Perdão, Leonard Peacock,
de Matthew Quick. A princípio é um livro um tanto mórbido, pois a história
começa com um jovem que em seu aniversário decide matar um menino da sua escola
e se matar logo depois. O livro todo mostra esse dia, na vida de Leonard
Peacock. É um tanto funesto acompanhar ele durante esse dia, sem saber o motivo
que o leva a fazer esse plano, se despedindo das pessoas de sua vida. Dá
vontade de abraça-lo e dizer que vai ficar tudo bem. Ao mesmo tempo, incomoda
saber que isso não é uma mera obra de ficção, que isso realmente acontece a
vários jovens atualmente. Fiquei muito tensa durante a leitura, mas ainda que
me sentisse incomodada, não conseguia parar de ler. O desfecho da história é o
ponto alto do livro. Realmente cativante! O autor é o mesmo de O lado bom da
vida, e ambos tratam de distúrbios psicológicos. Já li esse outro livro
dele e quando escolhi o de Leonard não sabia que era do mesmo autor, mas acho
que ele consegue ser mais brilhante, consegue envolver melhor o leitor no livro
de Leonard. Não vi o filme, com a adaptação de O lado bom da vida para o
cinema, ainda prefiro ler o livro a ver o filme. Talvez se tivesse visto o
filme, ele tivesse me cativado, mas a leitura do livro foi desgastante, queria
apenas que acabasse logo, não tive empatia pelas personagens. Que bom que li Perdão,
Leonard Peacock, pois não fiquei com a má impressão do autor, ele ser
redimiu com esse seu último livro. Espero que não seja adaptado para o cinema!
Na lista de leituras, os próximos
livros serão Enquanto te esquecia e, em mídia digital, Will e Will,
um nome um destino, de John Green e David Levithan. Esse último é o único
de Green que falta para eu ler. Estou especialmente empolgada. É como fechar um
ciclo! Eu me senti da mesma forma quando descobri Carlos Ruiz Zafon, e tive que
ler todos os livros publicados em português (A sombra do vento, O jogo do
anjo, O prisioneiro do céu, Marina, O príncipe da névoa, O palácio da
meia-noite, A luzes de setembro). Com Daniel Galera também, li primeiro o
livro Barba ensopada de sangue e depois tive que ler Cordilheira,
Mãos de cavalo e Até o dia em que o cão morreu. Como nos demais
livros, Green repete sua mania de enumerar pensamentos – sério, isso é mesmo
necessário? Fora isso, achei a leitura passável, o tema não me interessou, e
até me incomodou em alguns momentos e o final foi bem bobinho, na minha
opinião.
Enquanto eu te esquecia,
começou com muitas promessas. A vendedora da livraria disse que era muito bom,
e a sinopse realmente prometia um livro ótimo, mas a autora Jennie Shortridge
parece ter se perdido em todas as possibilidades do livro. Quando cheguei na
última frase do livro, ficou aquela sensação de “e o final?”. Várias perguntas
ficaram suspensas como o que Lucie fez durante a semana que ficou desaparecida?
O casal realmente se reconecta e se casa? A crise na verdade é um retorno à
consciência? Várias coisas que a autora poderia ter explorado mais e deixado a
história muito mais interessante. Até mesmo a história de amor entre Lucie e
Grady não foi desenvolvida adequadamente, e às vezes nos esquecemos que eram um
casal. Não é que eu goste apenas de finais felizes, mas eu gosto de livros com
finais!
Hoje, ao abrir um site de
notícias americano descobri que o livro Garota Exemplar, que li no
inicio do ano, foi adaptado para o cinema, com Ben Affleck no papel de Nick
Dunne e Rosamund Pike como Amy Elliott. O livro foi emocionante do início ao
fim, e espero que o filme faça justiça ao livro!
Há alguns dias, morreu Gabriel
Garcia Márquez. Me fez lembrar do livro Memórias de minhas putas tristes que
li para a aula de espanhol há alguns anos e me fez apaixonar pelo autor. Depois
disso li 100 anos de solidão. E me lembrei, agora por ocasião de sua
morte, de um livro que comecei a ler há tempos, mas que estava abandonado aqui
no meu computador, então a leitura da vez será O amor nos tempos do cólera.
Enquanto isso, devorei o livro Jardim de inverno,
da autora Kristin Hannah. Nesse livro,
a autora trata com muita sensibilidade a relação delicada entre uma mãe
distante e suas filhas, após a morte do pai, enquanto essas tentam conhece-la,
através das histórias que esta conta. Muito linda a história, de separação e
reencontros, mostrando que nunca é tarde para tentar fazer uma vida melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário