segunda-feira, 5 de maio de 2014

Leituras do mês de abril

Eu sou uma pessoa metódica, organizada, daquelas que usam listras para tudo. Com as minhas leituras não sou diferente. Acho que deve ser uma espécie de TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Eu mantenho algumas listas dos livros que li, estou lendo e vou ler. Em casa, no meu exemplar de Destrua este diário, de Keri Smith, eu tenho uma lista dos livros que li no ano passado e minha wishlist de 2014. Sempre que termino de ler um livro, risco ele da lista e coloco o mês no qual finalizei a leitura. Sempre que ganho um livro, ou compro, sempre antes de começar a ler, eu escrevo meu nome completo da contra-capa e coloco o mês e o ano em que comecei a lê-lo. No meu computador tenho 03 pastas de livros digitais, os que li no ano de 2013, os que já li em 2014 e os que eu vou ler. Quando começo a ler um livro digital, no computador, sempre salvo no nome do arquivo a página em que interrompi a leitura, quase como um marcador, de forma que posso retomar a leitura sem ter que ficar tentando lembrar qual era a página. No meu tablet, a organização é um pouco mais fácil, pois consigo organizar os livros de forma a colocar os que vou ler no início da lista e os que já li, no final. Na internet, mantenho uma biblioteca virtual no site Skoob. Sempre que começo uma leitura, adiciono o livro na categoria de “lendo”. Quando termino, movo o livro para “lidos”. Lá tenho também uma lista dos livros que quero ler. Sou metódica, gosto de organizar minhas leituras e gosto de saber o quanto li.
Tenho alguns livros que sempre repito, porque a leitura deles nunca cansa, e sempre encontro coisas novas. Neste ano quero reler Toda poesia, de Paulo Leminski, Dois em um, da Alice Ruiz S e A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera. Vou deixa-los para o segundo semestre, talvez nas minhas férias.
Vamos voltar às leituras. Mês de abril começou e junto com ele, um novo livro: Perdão, Leonard Peacock, de Matthew Quick. A princípio é um livro um tanto mórbido, pois a história começa com um jovem que em seu aniversário decide matar um menino da sua escola e se matar logo depois. O livro todo mostra esse dia, na vida de Leonard Peacock. É um tanto funesto acompanhar ele durante esse dia, sem saber o motivo que o leva a fazer esse plano, se despedindo das pessoas de sua vida. Dá vontade de abraça-lo e dizer que vai ficar tudo bem. Ao mesmo tempo, incomoda saber que isso não é uma mera obra de ficção, que isso realmente acontece a vários jovens atualmente. Fiquei muito tensa durante a leitura, mas ainda que me sentisse incomodada, não conseguia parar de ler. O desfecho da história é o ponto alto do livro. Realmente cativante! O autor é o mesmo de O lado bom da vida, e ambos tratam de distúrbios psicológicos. Já li esse outro livro dele e quando escolhi o de Leonard não sabia que era do mesmo autor, mas acho que ele consegue ser mais brilhante, consegue envolver melhor o leitor no livro de Leonard. Não vi o filme, com a adaptação de O lado bom da vida para o cinema, ainda prefiro ler o livro a ver o filme. Talvez se tivesse visto o filme, ele tivesse me cativado, mas a leitura do livro foi desgastante, queria apenas que acabasse logo, não tive empatia pelas personagens. Que bom que li Perdão, Leonard Peacock, pois não fiquei com a má impressão do autor, ele ser redimiu com esse seu último livro. Espero que não seja adaptado para o cinema!
Na lista de leituras, os próximos livros serão Enquanto te esquecia e, em mídia digital, Will e Will, um nome um destino, de John Green e David Levithan. Esse último é o único de Green que falta para eu ler. Estou especialmente empolgada. É como fechar um ciclo! Eu me senti da mesma forma quando descobri Carlos Ruiz Zafon, e tive que ler todos os livros publicados em português (A sombra do vento, O jogo do anjo, O prisioneiro do céu, Marina, O príncipe da névoa, O palácio da meia-noite, A luzes de setembro). Com Daniel Galera também, li primeiro o livro Barba ensopada de sangue e depois tive que ler Cordilheira, Mãos de cavalo e Até o dia em que o cão morreu. Como nos demais livros, Green repete sua mania de enumerar pensamentos – sério, isso é mesmo necessário? Fora isso, achei a leitura passável, o tema não me interessou, e até me incomodou em alguns momentos e o final foi bem bobinho, na minha opinião.
Enquanto eu te esquecia, começou com muitas promessas. A vendedora da livraria disse que era muito bom, e a sinopse realmente prometia um livro ótimo, mas a autora Jennie Shortridge parece ter se perdido em todas as possibilidades do livro. Quando cheguei na última frase do livro, ficou aquela sensação de “e o final?”. Várias perguntas ficaram suspensas como o que Lucie fez durante a semana que ficou desaparecida? O casal realmente se reconecta e se casa? A crise na verdade é um retorno à consciência? Várias coisas que a autora poderia ter explorado mais e deixado a história muito mais interessante. Até mesmo a história de amor entre Lucie e Grady não foi desenvolvida adequadamente, e às vezes nos esquecemos que eram um casal. Não é que eu goste apenas de finais felizes, mas eu gosto de livros com finais!
Hoje, ao abrir um site de notícias americano descobri que o livro Garota Exemplar, que li no inicio do ano, foi adaptado para o cinema, com Ben Affleck no papel de Nick Dunne e Rosamund Pike como Amy Elliott. O livro foi emocionante do início ao fim, e espero que o filme faça justiça ao livro!
Há alguns dias, morreu Gabriel Garcia Márquez. Me fez lembrar do livro Memórias de minhas putas tristes que li para a aula de espanhol há alguns anos e me fez apaixonar pelo autor. Depois disso li 100 anos de solidão. E me lembrei, agora por ocasião de sua morte, de um livro que comecei a ler há tempos, mas que estava abandonado aqui no meu computador, então a leitura da vez será O amor nos tempos do cólera.
Enquanto isso, devorei o livro Jardim de inverno, da autora  Kristin Hannah. Nesse livro, a autora trata com muita sensibilidade a relação delicada entre uma mãe distante e suas filhas, após a morte do pai, enquanto essas tentam conhece-la, através das histórias que esta conta. Muito linda a história, de separação e reencontros, mostrando que nunca é tarde para tentar fazer uma vida melhor.

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