quarta-feira, 28 de junho de 2006
Eu não te mereço
“Eu não te mereço”... Essas quatro palavras continuam ecoando no meu vazio... “Eu não te mereço” ... Como a gente consegue ser tão cega e não ver o óbvio? Eu fazia mil planos e ele pensava em se afastar... Eu ali na frente daquele computador implorando atenção e ele pensando em como dizer que não me merecia. Foi um tapa na cara, mas daqueles bem dados, que deixam a marca dos dedos estampada na bochecha... Eu ali sentada tentando entender, enquanto ele dizia que para ele não era fácil. Alguém já levou um fora porque o cara gosta demais de você? Eu nunca vi isso. Ele decidiu que ele não merecia ter ao seu lado uma pessoa como eu. Não que eu queira dizer aqui que sou um máximo de pessoa. Não! Eu sei que não sou. Mas ele não queria ter uma garota legal ao lado dele, porque ele tinha certeza que, mais cedo ou mais tarde, ele me enganaria e me magoaria. Mas quem disse que eu não queria isso? Não sei dizer o que eu queria, o que eu quero. Sinto apenas um vazio dentro de mim. Com certeza ficaria pior mais tarde, estaria apenas adiando o inevitável. “Eu não te mereço”... Acompanhando essa frase vieram várias outras que me deixaram ainda mais confusa. Ele me pedia para que eu o entendesse, e meu lado racional entendia os motivos dele, mas meu lado emocional não compreendia como duas pessoas que se gostam não podem ficar juntas. E eu chorei... Chorei como nunca tinha chorado antes. Sentia que aquilo não ia passar jamais. Meus olhos, nariz, testa, meu rosto inteiro vermelho no espelho. Meu corpo inteiro chorou ali... Eu me senti uma burra, senti vergonha por ter criado tantas expectativas com algo que desde o início foi apenas um rolo. Eu queria sentir raiva dele, mas apesar de tudo eu não conseguia, porque meu lado racional sabia que aquilo era o certo. Como eu desejei que ele tivesse dito que eu era uma qualquer, mais uma aventura para ele, mas ele disse que eu não era qualquer uma e exatamente por isso ele estava se afastando. Parte de mim desejou ser uma qualquer naquele momento. Desculpe minhas amigas, mas eu realmente quis, e como... O único ódio que eu conseguia sentir era de mim mesma. Era da fossa que eu estava entrando ali. O vazio que eu sentia foi substituído pelo ódio. Ódio por sentir tanta saudade dos beijos dele, da falta que eu sinto de quando ele beijava a ponta do meu nariz e dizia o quanto ele era “bunitin”. Ele iria achar horrível o quanto meu nariz ta vermelho e inchado neste momento. Eu odeio essa montanha-russa de sentimentos na qual eu me vi lançada. Eu tenho medo de montanhas-russas, e estar lá no alto e depois vir abaixo numa super velocidade me deixa com o estômago revirado. Eu odeio ter que escolher quais músicas eu consigo ouvir sem chorar. Odeio encontrar várias músicas de fossa que foram escritas para mim. Eu odeio acordar de madrugada porque só consigo sonhar com ele e não conseguir dormir porque ele não sai do pensamento. Eu to cansada... Cansada de sair na rua e esperar encontrá-lo em qualquer esquina, ou vê-lo entrar pela porta a qualquer momento. É horrível ver aquela janelinha do MSN subir e o coração pular de alegria e, de súbito, parar quando me lembro que as coisas mudaram. Odeio ter essa esperança filha da mãe de que ele vai cair na real e vai voltar, porque isso não vai acontecer. Se liga Camila!!!! Eu estou cansada de ter que parecer forte, quando eu o que quero é passar o dia inteiro deitada na minha cama, abraçada com meu sapo de pelúcia, vendo filmes sentimentalóides e comendo chocolate! Eu queria poder olhar o orkut dele sem ter que entrar no meu fake, pra ele não ver que estive lá. Isso tudo não faz o menor sentido. Eu queria poder pular essa parte da fossa e ir direto para a parte do “eu já superei e estou feliz”, mas como disse uma amiga minha, a vida sem esses momentos de novela mexicana não teria um pingo de graça. “Eu não te mereço”... Até quando essa frase vai bater nas minhas paredes e ecoar no vazio que ele deixou? Aff...
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