segunda-feira, 28 de maio de 2007

Saudade

Saudade é algo estranho: tem dias que ela aparece e vai embora, tem dias que para onde quer que eu olhe, o que vejo é saudade. Tem dias que dói acordar.
É aquela música que quando toca faz todos pularem, mas que me gruda no chão. É uma quadra de futebol, mas também é onde vi meu sonho se esvair naquela festa. É um cheiro que me leva a algum lugar no passado e que te traz até aqui. É o frio chegando novamente me trazendo a saudade do calor dos seus braços. É a sua ausência numa festa e sua lembrança no rosto de cada um dos seus amigos.
Tudo nessa cidade esta semana me fez lembrar você. Se é verdade o que dizem, se a saudade é mesmo a presença do ausente, você esteve mais presente esta semana do que nunca.
O porquê disso agora eu não sei explicar. Faz tanto tempo que não te vejo, não faz sentido algum tudo isso que estou sentindo agora. Tanta coisa tem acontecido e, em cada um desses momentos, eu desejei ter você aqui. Cada vez que nos falamos, ao invés desse sentimento sumir, fica pior.
Talvez sinta saudade por acreditar que poderia ter aproveitado mais cada minuto, talvez seja uma forma de ter uma segunda chance.
Eu me sinto uma boba, porque nada disso para você tem sentido, só pra mim e, racionalmente pensando, nem para mim deveria ter. Mas a saudade é algo que não se controla. A saudade bate na nossa cara e mostra tudo o que perdemos.
Sei lá, gastamos tanto tempo sendo racionais que me permitirei ser um pouco irracional hoje: vou me permitir sentir essa louca saudade de você...

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