sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Diário de uma viagem - parte 1


Após uma viagem cheia de muita música, piadas e pouco sono, no momento de um amanhecer por entre as serras de Minas, aportamos em Ouro Preto, na Praça da Estação, de onde seguimos à pé pelas sinuosas ruas de pedra até a república Pif-Paf. Quando pensávamos que as ladeiras seriam o maior desafio dessa viagem nos deparamos com uma grande escada que nos levaria até nossos quarto.

Da praça da Prefeitura, onde tomamos nosso café, podíamos ver, de uma única visada, três igrejas, em primeiro plano a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar.

A beleza dos retábulos ininternos dessa igreja é algo inexplicável. A profusão de detalhes entalhados em madeira e foleados a ouro deixa o espectador perplexo. Me senti perdida em meio a tanta beleza, sem saber onde fixar o olhar. na sacristia, um grande arcaz e madeira e uma mesa no estilo rococó e o teto com pintura em caixotes. Tudo em escala monumental.
Segunda parada do dia: a Casa de Contos. No caminho, as torres das igrejas pareciam se elevar por de tráz do casario, como uma tentativa de se sobressair em meio a toa história.

Na casa de Contos visitamos a senzala no subsolo, reppleta de objetos datados da época colonial. já uma séria de escadas íngrimes nos levaram ao mirante, de onde pudemos observar as montanhas e a arquitetura de Ouro Preto.


Visitamos ainda o hotel projetado por Niemeyer e, em seguida, a Praça Tiradentes.


Nessa praça, localizada no morro de Santa Quitéria, foi construído o Palácio dos Governadores e a Casa de Câmara e Cadeia, onde hoje estão sediados a Escola de Minas e o Museu da Inconfidência. Na mesma praça, há a Casa da Baronesa, a Casa da Câmara, o Clube dos Estudantes. O Trânsito nesse local é caótico. Ali, encontramos estudantes de vários locais igualmente deslumbrados com todos os prédios.
Ao lado da praça Tiradentes, visitamos a igreja de Nossa Senhora do Carmo da Ordem Terceira (irmandade tradicional), de estilo rococó, tanto na fachada, quanto no interior com os retábulos. Essa é a única igreja mineira a utilizar azuleijos portugueses (na capela mor) como adorno. É uma igreja mais clara e arejada, com uma movimentação mais suave, típica do rococó. O teto da sacristia é uma atração à parte, trabalhado em madeira, com relevos e pinturas (artesoado). O arcaz, um móvel que ocupa toda a largura da sacristia, tem uma aparência de mesa. Ao lado da igreja, visitamos o Museu do Oratório, o qual se localiza no antigo noviciado da Ordem.
As vistas de Ouro Preto ainda me deslumbram. As montanhas arredondadas, pouco esverdeadas devido à seca, emolduram as vistas da cidade.
Visitamos também a Casa de Ópera, a primeira da américa do Sul.



A última igreja visitada no dia foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. De tratamento interior basicamente rococó e planta barroca. por ser uma ordem mais pobre, os detalhes dos retábulos são conferidos pela pintura ilusionista.

Depois de um dia puxado, nada melhor que tomar um suco, um banho pra repor as energias. Até parece que conhecemos o pessoal da república há mais tempo. Nós já assistimos futebol com eles, já nos sentimos à vontade pra trocar os nomes, ou melhor, os apelidos. A república aliás, é um caso à parte: exclusiva para alunos de engenharia da UFOP, ela é imensa e tem uma boate no porão. Netse, nos acabamos de tanto danças até altas horas. Mas quem aqui está morta?

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